terça-feira, 10 de setembro de 2013

Encontro com o poeta César M. Borges


A abertura do projeto poesia da DE de Caieiras proporcionou o encontro dos professores da rede com o poeta César Magalhães Borges, que nos inspirou com suas poesias, um misto de menestrel e ator. Verso em voz, o mais recente livro deste poeta vem recheado de deliciosas poesias, marcadas por uma sonorizada impressionante, bom exemplo é o poema “Mosca”. Vale a pena adquirir este livro e degustar uma a uma as suas poesias, o melhor de tudo é que o livro vem acompanhado por um CD com os poemas declamados pelo próprio autor. Começar um projeto Poesia com este incentivo motiva qualquer um, por isso em breve estaremos desenvolvendo este projeto com os alunos da E.E.Arthur Weingrill, espero colher bons frutos deste trabalho poético.
Deixo para vocês um pouquinho da arte poética de César Magalhães Borges.
“O encontro com a poesia
é só
e se reparte,
é suave ardor
e calmaria em riste
é silêncio dialogado,
é atrito afável
que só se torna paz
no ar da despedida”














terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ler é descobrir o mundo...está de volta!!!

Olá, amigos, durante as férias de julho fiquei um pouco afastada da telinha do computador, pois a prioridade era o convívio familiar, o descanso e o lazer.
Consegui finalizar a leitura do livro Til de José de Alencar e imediatamente embarquei nas aventuras de Percy Jacson e os olimpianos, foi realmente um momento de fruição,  reencontrei vários símbolos mitológicos neste livro, recomendo a todos que gostam de aventura com uma boa pitada de cultura greco-romana. Durante a leitura deste livro relembrei os tempos de faculdade, das traduções dos textos latinos e dos meus diletos mestres, em especial do adorável mestre Ariovaldo Peterlini...
 Foi muito bom este momento de férias...mas o trabalho me espera...
Agosto começou a pleno vapor com projetos a serem entregues e tudo mais, estava ansiosa para recomeçar a escrever, mas o tempo estava muito escasso. Houve também a apresentação dos projetos do programa MGME, curso que deu origem a este blog, mas não pretendo encerrar as minhas atividades no blog, só preciso de um tempinho para poder publicar alguns textos e/ou considerações sobre a educação.
Até breve...
Elisabete Oliveira

"Quero apenas uma casa no campo, meus livros, meus amigos e nada mais."

terça-feira, 18 de junho de 2013

Sequencia Didática: Meu primeiro beijo - Antônio Barreto

Leitura: "Meu primeiro beijo" - Antônio Barreto

Situações de aprendizagem: Elementos da Narração
Objetivos: Estratégias de leitura e conhecimentos de outras culturas
Público alvo: alunos do 6° ano
Duração: 4 aulas
Material: Texto impresso, DVD, cartolina, recortes de revistas, livros e internet.

Depois da leitura silenciosa dos alunos, leia-o em voz alta.
Faça oralmente as seguintes perguntas:
*Vocês já conheciam este texto?
*O que acharam dele?
*Qual o tema tratado no texto?

Falaremos sobre Personagens: Protagonista e secundários, tempo, espaço, clímax e ponto de vista.
No texto que você leu a protagonista é uma adolescente e conta um momento importante da sua vida.
*Que momento é esse?
*Quando e onde aconteceu?
*Com quem ela viveu essa experiência?
*Qual o ponto de vista da narrativa: primeira ou terceira pessoa?

Devemos focar aos alunos que a história em primeira pessoa o autor consegue exprimir mais veracidade e mais emoções aos fatos. No texto não fica claro o desfecho da narrativa, quais as possibilidades que podemos terminar a história?

* Sugestões de atividades:
Lúdicas:
"Beijo, abraço e aperto de mão" o que representa para eles essa brincadeira.
Atividade Áudio- visual: “Meu primeiro amor”- com Macaulay Culkin.
Pesquisa: sobre o significado do beijo em diversos países, o que representa em cada cultura.
Confecção: de cartazes com diversas figuras de pessoas beijando mãe, pai, familiares, amigos, pessoas em geral e até animais demonstrando um sentimento.
                                                             
                                                                  *Fernanda M.*             

  

                                                                                                           

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sequência Didática

Texto "Testemunha Tranquila" - Stanislaw Ponte Preta


Violência Não!

Público Alvo: 9º ano E.F e 1º E.M                                                


Duração: 4 aulas.

Objetivos: Desenvolver atividade leitora e escrita, despertando o senso crítico, a sensibilidade e conscientizar para problemas sociais.   

Recursos: Textos impressos "Testemunha Tranquila" de Stanislaw Ponte Preta, Dicionário e Internet.

Etapas:

(Em 2 aulas)

- Pedir, antecipadamente, aos alunos, uma pesquisa a respeito do autor, período e quais gêneros costuma escrever, para conhecê-lo melhor.
- Após pesquisas, discutir em sala o gênero do texto: conto/crônica. Trabalhar suas características de forma expositiva, exemplificando com trechos de outros autores famosos nesse gênero como Fernando Sabino e Luiz Fernando Veríssimo, facilitando assim a compreensão e questionando-os sobre situações corriqueiras, próprias do gênero trabalhado.
Obs. Aproveitar o tema para abordar o gênero argumentativo.
- Formar duplas ou trios e entregar o texto omitindo o desfecho para que façam uma leitura, grifem as palavras desconhecidas e utilizem o dicionário ou façam pesquisas na internet (bom momento para negociar o uso do celular de maneira construtiva) em busca do significado das mesmas.
- Promover um debate entre os grupos sobre como cada um reagiria naquela situação de agressão à mulher.
- Posteriormente, cada grupo deverá criar um desfecho por escrito, fazendo a leitura para a sala.

(Em 2 aulas)

- Trazer de casa pesquisas sobre situações de violência contra mulheres, crianças, familiar etc. para que possam ser trabalhados em sala.
- Reunir novamente os grupos para que possam, resumidamente, comentarem suas pesquisas, por meio de um novo debate.
- Individualmente, produzirem um texto argumentativo a respeito do assunto (obedecendo a estrutura desse gênero).
Obs. Bom momento para reforçar e orientar sobre a estrutura textual.
- Feitas as correções, selecionar algum/alguns para leitura na sala e até uma postagem no blog da turma ou mural da escola.
 Depois do trabalho finalizado, contar a eles o desfecho do autor, observando a reação dos mesmos e retomando assim o gênero crônica.


*****

TESTEMUNHA TRANQUILA

             O camarada chegou assim com ar suspeito, olhou pros lados e – como não parecia ter ninguém por perto – forçou a porta do apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, para ver no que ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era um mau-caráter.
               E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto – pensei – é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
         Mas não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas para levar. O cara – ao contrário – parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
            — Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar para matar – eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliviado por não conhecer o homem e – portanto – ser difícil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com aquilo.
            De repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe era visível pela réstia de luz, que vinha por baixo da porta.
            Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? – pensei eu. Pois era uma graça, meus caros. Quando ele acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa às pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e fechou a porta com um pontapé... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direção à bonitinha e pataco... tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimba... tacou a outra.
            Os caros leitores perguntarão: — E você? Assistindo àquilo sem tomar uma atitude? — a pergunta é razoável. Eu  tomei uma atitude, realmente. Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e eu fui dormir.

(Retirado do livro Dois amigos e um chato – páginas 17 e 18 (88)
Stanislaw Ponte Preta, Editora Moderna)

Sequência didática - Texto Avestruz de Mario Prata

Público Alvo: 6º ano 

Duração: 4 aulas.

Objetivos: Desenvolver e aprofundar a capacidade de leitura utilizando-se de estratégias.  

Recursos: Cópias do Texto "Avestruz" de Mário Prata.

Etapas:

1.Ativação do conhecimento prévio
2.Antecipação ;
3.Checagem de hipóteses.

Antes de mostrar o texto aos alunos, o professor poderá fazer os seguintes questionamentos, oralmente:

Você conhece um avestruz? Alguém já viu um?
Descreva como é;
Sabe como é?
Como você imagina que seja um avestruz?

Depois, o professor deve fazer a leitura oral do texto de Mário Prata.

Para discutir as questões do Gênero do texto, o professor poderá se utilizar dos seguintes questionamentos, oral e/ou escrito:

Quem escreveu? 
Onde foi divulgada?
Para quem?
Qual a intenção? 

Para estudar a finalidade do texto, o professor poderá propor uma atividade que leve os alunos pensarem sobre:

Para quem foi escrito o texto?
Qual era a intenção?

Como atividade de Produção de Texto, pode ser solicitado, ao aluno, que escreva um relato sobre seu Bichinho de Estimação ou sobre o animal que gostaria de ter como de Estimação. A produção textual será digitada pelo aluno e, em seguida exposto num mural.

Para que o aluno possa aprofundar suas reflexões sobre o assunto, o professor poderá sugerir ou passar fragmentos do filme "Os pinguins do papai", estrelado por Jim Carrey, dirigido por Mark Waters.

Antes de mostrar o filme aos alunos, o professor poderá fazer os seguintes questionamentos, oralmente:

Você conhece um pinguim?
Descreva como é;
Onde vive?
Por que será que o título do filme é “Os pinguins do papai”?

Exibição do filme “Os pinguins do papai”.

Depois, o professor poderá fazer os seguintes questionamentos, oralmente:

Existem semelhanças entre o texto “Avestruz” de Mario Prata e o filme “Os pinguins do papai”? Quais?

O Avestruz e o Pinguim não são animais de estimação. Como seus pais agiriam se vocês trouxessem um deles para morar na sua casa? Daria para adaptá-los ao seu ambiente?

Sequência Didática Avestruz

Público alvo: alunos do 6º ano
Objetivo: desenvolver estratégias de leitura e escrita, estimulando uma leitura mais crítica
Tempo estimado : 6 aulas
Recursos: texto impresso, sala de informática, data show, mapa, dicionário, vídeos do youtube, programas Word e PowerPoint.
I Passo: Conhecimento de mundo
Exploração do conhecimento do mundo do aluno através de uma série de questionamentos na modalidade oral sobre o título do texto, no caso Avestruz. Há algumas questões também voltadas a antecipação do conteúdo do texto.
Quem já viu um avestruz?
Onde podemos encontrar um avestruz?
Como é um avestruz?
Podemos ter um avestruz como animal de estimação?
Que tipo de animal é adequado para ser animal de estimação?
O que você espera de um texto que tenha como título Avestruz?
Você já leu algum texto de Mário Prata?
II Passo: Checagem de informações
Apresentação de um vídeo, mostrando o avestruz em seu habitat natural para que o aluno possa confrontar as suas ideias sobre a ave com aquilo que ela realmente é.
III Passo: Leitura propriamente dita e inferências locais
A leitura do texto deve ser feita num primeiro momento silenciosamente pelos alunos, incentivar a notação de palavras ou expressões que não sejam do seu conhecimento. Pedir que tentem entendê-las dentro do contexto da história, anotar as conclusões a que chegaram, em outro momento seria interessante que os alunos procurassem estas palavras no dicionário para poderem checar suas hipóteses e inferências locais, precisando o significado das palavras.
Em seguida, fazer a leitura em voz alta, propomos que seja em princípio feita pelo professor, para que o mesmo possa dar mais vida ao texto.
IV Passo: Checagem de hipóteses e generalizações
Perguntar aos alunos se o texto supre a sua expectativa inicial, o que pensavam que iria acontecer no texto e o que realmente aconteceu. Esta interação garante uma checagem de hipóteses criadas  antes da leitura do texto.
Pedir que alguns alunos contem de forma resumida o texto e as impressões sobre o mesmo, esta atividade trabalha com a ideia de generalizações, pois cada aluno vai narrar a sua história privilegiando um ou outro trecho.
V Passo: Localização de informações no próprio texto.
Propor a montagem de um a ficha  técnica sobre as principais características do avestruz, tais como: peso, altura, expectativa de vida; nome científico, período de procriação, número de filhotes, habitat  entre outras. Para ilustrar a ficha podemos pedir que desenhem ou colem imagens simbolizando o avestruz.
disponível em:http:guianet.com.br
VI Passo: Interdisciplinaridade, trabalhando aspectos geográficos na crônica
Aproveitar as relações que o texto estabelece com a disciplina de Geografia e propor questionamentos sobre aspectos geográficos, evidenciando que as disciplinas dialogam entre si nos mais variados tipos de textos e situações.
Questionamentos sobre os espaços presentes na história: São Paulo e "Floripa".
 Onde se localizam estas cidades no mapa?
 A que região pertencem estas duas cidades?
 Qual a distância entre elas?
 Qual a melhor forma de trazer um avestruz de Florianópolis para
  São Paulo? Navio, avião ou caminhão?
 Qual seria um  local adequado para criar um avestruz, campo ou cidade? Por quê?
 Desenhe o avestruz em dois locais diferentes, primeiro em habitat natural depois em um apartamento.
VI Passo: Intertextualidade, linguagem e finalidade
Assistir com os alunos ao vídeo com o desenho animado da turma do Pica-pau, no qual Samuel recebe um ovo de avestruz na sua casa. http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=MHw5nnrsYAw
Qual a finalidade do vídeo e do texto?
Qual a relação que existe entre o vídeo e o filme?
É mais fácil entender o filme ou o texto, por quê?
Em qual dos dois textos há a predominância de linguagem verbal? 
VII Passo: Inferências, Percepções, apreciações estética, afetivas, morais e éticas.
Esta etapa da sequência didática permite que os alunos se posicionem em relação ao problema levantado pela crônica, faça apreciações estética, morais e éticas, são questionamentos simples, mas que podem levá-los a uma conscientização de seus atos, ajudando na sua formação cidadã.
Você acha que a mãe do menino ia ficar feliz com a presença de um avestruz em seu apartamento? Por quê?
Segundo o narrador-autor, é fácil ter um animal exótico de estimação? Por quê?
O que o narrador revela pensar sobre o menino ao final do texto? Por quê?
Como o narrador consegue fazer com que o menino desista de ter um avestruz como animal de estimação?
Você gostou deste texto? Recomendaria-o a um amigo? Justifique sua resposta.
Você tem algum animal de estimação? Qual é o seu animal?
 Como um animal de estimação deve ser tratado?
O que você acha de pessoas que abandonam animais de estimação quando estes estão doentes ou velhos?
Você é a favor da captura de animais silvestres, como macacos, cobras, aves para que estes sejam criados como animais de estimação? Por quê?
VIII Passo: Produção de texto, uso das tecnologias, finalidade e público leitor
Propor que os alunos produzam um texto narrativo, no qual ele conte a história de um colega, ou sua mesma, que acabou de ganhar um animal de estimação diferente, poderia ser uma jiboia, um porco, um ratinho, enfim pedir que usem sua imaginação.
Após produzir este texto que pode ser em dupla, os alunos deverão reescrevê-los em PowerPoint, acrescentando inclusive imagens para que o mesmo seja mais atraente para os seus futuros leitores, alunos da sala e das outras turmas do 6º ano.
Oportunizar aos alunos a divulgação de seus textos para os colegas de outras salas com o uso do datashow como se fosse uma sessão de cinema.

E aí o que você achou desta sequência didática, afinal de contas vocês sabem que para toda mãe o seu filho sempre lhe parece o mais bonito de todos, como este lindo filhote de avestruz, sua mãe deve achá-lo lindíssimo, eu também acho minha SD muito interessante, mas para aprimorá-la, aguardo seus comentários.

Agradecimento especial às minhas colegas do curso presencial que ajudaram na elaboração da primeira versão desta sequência didática: Cláudia Regina Galves, Ednairan Soares Macena, Edineusa Souza  Azevedo, Fernanda dos Santos.

Abraços,

Elisabete Oliveira

domingo, 16 de junho de 2013

 Construindo....pontes entre os alunos e a leitura.

Pessoal, estamos finalizando a construção de algumas situações de aprendizagem, que elaboramos ao longo do curso "Melhor gestão, melhor ensino", trabalhamos com o objetivo de valorizar as competências leitoras e escritoras dos nossos alunos. Em nossos encontros presenciais fomos levados a uma série de reflexões sobre as nossas práticas pedagógicas à luz dos linguistas Dolz, Schneuwly e Rojo.
Construimos em conjunto reflexões e situações de aprendizagem para o ensino de língua, enfatizando a proposta de sequências didáticas a partir de gêneros textuais, práticas linguísticas socialmente construídas e legitimadas pela sociedade, possibilitando desta forma um ensino linguístico mais significativo aos nossos alunos que as percebem no seu dia a dia.
As nossas próximas postagens trarão propostas de sequências didáticas da tipologia narrativa, do gênero textual crônica. Aguardem e confiram nossas novas postagens, vocês não vão se arrepender!!!

http://battlenerds.wordpress.com/?s=conservando+livros


domingo, 9 de junho de 2013

Olá Pessoal!!                                                                                                                                       

      Leciono na Rede Pública de ensino. Amo o que faço e através da leitura incentivo a Cultura e a novas aprendizagens dando movimento as ações!

     “Cada pessoa traz em si a experiência prazerosa da leitura, a minha iniciou-se quando estava na primeira aula de dança isso aos meus 7 anos, a Prof ª fez um alongamento e depois falou sobre as partes do corpo que se movimentam através da música. No final da aula ela pediu para que deitássemos no chão, com os olhos fechados e as luzes apagadas ela foi contando uma história e descreveu todo o espaço, isso fez com que a imaginação fluísse bastante, conseguia vivenciar a história, cheguei a imaginar os objetos, dando muita ênfase até nos movimentos, o caminhar, o tocar a parede, as personagens, o suspense, o medo de abrir a porta com tudo e ... cair num precipício... esse desfecho fez com que todos se movimentassem no chão, pois vivenciaram a história. Esta atividade estava sendo filmada e pudemos observar que o nosso corpo se movimenta também através da leitura. Isso modificou o meu modo de ler os livros , precisamos vivenciar, viajar através das palavras e também através do corpo, dando um novo sentido de interpretar poesias e poemas, também através da dança.
                                                                *Fernanda M.*


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Baú de leituras...



Baú de leituras...

           Escrever sobre as minhas experiências de leituras é como revirar um baú de lembranças, o meu primeiro contato com as práticas de leitura e escrita ocorreram na escola. Um dos primeiros livros que vem à minha memória é O caso da borboleta Atíria, foi uma das primeiras obras que  li, não me lembro muito bem da história, mas posso considerá-la como marco inicial da minha jornada pelo mundo da leitura, no entanto foi  com A ilha perdida que eu realmente tomei gosto pela leitura. Adorava histórias de aventura e suspense, passei a ler tudo de Marcos Reis, tentava desvendar os seus mistérios, amadureci um pouquinho e passei a devorar a obra de Agatha Christie, adorava Hercule Poirot e Miss Marple, tentava antecipar as ações para chegar primeiro aos vilões da história.

Moça com livro. Almeida Junior
 Então descobri os autores brasileiros, tive uma fase de José de Alencar, imaginar suas heroínas , seus vestidos, as festas, os saraus, as aventuras de Peri para agradar a Ceci, tudo isto me fascinava, mas do Romantismo segui rumo ao Realismo e me apaixonei pelos contos machadianos, o que mais gosto é A causa secreta, cada vez que o leio me delicio com o ar sagaz e maduro de Machado, com sua astúcia em escolher a palavra certa para desvelar a alma humana. Sinto um grande fascínio também pelas obras dos regionalistas, em especial Jorge Amado, reli há pouco Capitães de areia e me apaixonei de novo pelo universo deste escritor maravilhoso, mas aprecio a sensibilidade de Rachel de Queiroz em especial  O quinze, que traz a seca do nordeste como pano de fundo para um romance entre uma professora e um fazendeiro. 

             São tantas as leituras que passaria horas, falando sobre as delícias de desvendar este mundo das palavras, há pouco li Coração de tinta, um livro que trata da magia dos livros, seus personagens podem se transportar para a vida real, mas há certos leitores que têm o dom de dar vida ao que lê. Adoro falar com os meus alunos sobre as minhas experiências de leituras, tantas vezes contando emocionada passagens de livros consegui fazer com que lessem e fossem fisgados pela magia da leitura.

             Eu não consigo pensar a minha vida sem estas duas capacidades humanas, que transcendem a nossa mortalidade. Ler... é  beber na fonte, é revitalizar o espírito, é sonhar acordado, viajar por mundos nunca antes imaginados, mergulhar num mar de possibilidades, sair da mesmice do dia a dia. Escrever é... tirar das entranhas os meus pensamentos e expô-los ao mundo, garantir a  imortalidade através das palavras benditas ou malditas... palavras que salvam ou condenam um mundo que vivia em meu âmago, mas que agora exponho a todos.
                                                                                                                          Elisabete Oliveira


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