Sequência Didática
Texto "Testemunha Tranquila" - Stanislaw Ponte Preta
Sequência Didática
Texto "Testemunha Tranquila" - Stanislaw Ponte Preta
Violência Não!
Público Alvo: 9º ano
E.F e 1º E.M
Duração: 4 aulas.
Objetivos: Desenvolver
atividade leitora e escrita, despertando o senso crítico, a sensibilidade e
conscientizar para problemas sociais.
Recursos: Textos
impressos "Testemunha Tranquila" de Stanislaw Ponte Preta, Dicionário
e Internet.
Etapas:
(Em 2
aulas)
- Pedir,
antecipadamente, aos alunos, uma pesquisa a respeito do autor, período e quais
gêneros costuma escrever, para conhecê-lo melhor.
- Após
pesquisas, discutir em sala o gênero do texto: conto/crônica. Trabalhar suas características
de forma expositiva, exemplificando com trechos de outros autores famosos nesse
gênero como Fernando Sabino e Luiz Fernando Veríssimo, facilitando assim a compreensão
e questionando-os sobre situações corriqueiras, próprias do gênero trabalhado.
Obs. Aproveitar o tema para abordar o
gênero argumentativo.
- Formar
duplas ou trios e entregar o texto omitindo o desfecho para que façam uma
leitura, grifem as palavras desconhecidas e utilizem o dicionário ou façam
pesquisas na internet (bom momento para negociar o uso do celular de maneira
construtiva) em busca do significado das mesmas.
-
Promover um debate entre os grupos sobre como cada um reagiria naquela situação
de agressão à mulher.
-
Posteriormente, cada grupo deverá criar um desfecho por escrito, fazendo a
leitura para a sala.
(Em 2
aulas)
- Trazer
de casa pesquisas sobre situações de violência contra mulheres, crianças,
familiar etc. para que possam ser trabalhados em sala.
- Reunir
novamente os grupos para que possam, resumidamente, comentarem suas pesquisas, por
meio de um novo debate.
-
Individualmente, produzirem um texto argumentativo a respeito do assunto
(obedecendo a estrutura desse gênero).
Obs. Bom momento para reforçar e
orientar sobre a estrutura textual.
- Feitas
as correções, selecionar algum/alguns para leitura na sala e até uma postagem
no blog da turma ou mural da escola.
*
Depois do
trabalho finalizado, contar a eles o desfecho do autor, observando a reação dos
mesmos e retomando assim o gênero crônica.
*****
TESTEMUNHA
TRANQUILA
O
camarada chegou assim com ar suspeito, olhou pros lados e – como não parecia
ter ninguém por perto – forçou a porta do apartamento e entrou. Eu estava
parado olhando, para ver no que ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo
nitidamente toda a cena e senti que o camarada era um mau-caráter.
E
foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra
total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o
aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto – pensei – é porque ele
não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa
assim.
Mas
não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo,
procurando coisas para levar. O cara – ao contrário – parecia morar
perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou
desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
—
Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar
para matar – eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar
aliviado por não conhecer o homem e – portanto – ser difícil que ele estivesse
esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com
aquilo.
De
repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a
pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe
era visível pela réstia de luz, que vinha por baixo da porta.
Som
de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma
mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? – pensei eu. Pois era uma
graça, meus caros. Quando ele acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa
às pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e
fechou a porta com um pontapé... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em
direção à bonitinha e pataco... tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu
nos alicerces e pimba... tacou a outra.
Os
caros leitores perguntarão: — E você? Assistindo àquilo sem tomar uma atitude?
— a pergunta é razoável. Eu tomei uma
atitude, realmente. Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e eu
fui dormir.
(Retirado
do livro Dois amigos e um chato – páginas 17 e 18 (88)
Stanislaw
Ponte Preta, Editora Moderna)
Ester, parabéns pela sua SD!!!
ResponderExcluirEster, sua sequência didática ficou adequada e clara. Parabéns pelo excelente trabalho! Abraços
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ResponderExcluirsiga meu insta @maa.aquino
ResponderExcluirsiga meu insta @giutrasatti
ResponderExcluirsiga meu insta @duda.anteloo
ResponderExcluirsigam @henriqueluk_12 e @duda_anteloo, eles são fofos
ResponderExcluirOtimo trabalho
ResponderExcluirMe digam uma cena neste texto de pura tensão!
ResponderExcluirfiquei surpreso. fiquei com calafrios enquanto lia
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